sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Carnavais de ontem e de hoje


Bom, então acabou o carnaval! Acabou o squindolêlê, o ziriguidum e o telecoteco! Fico triste pelo feriado, não pela festa. Desde que me casei, a festa do carnaval (pra mim sinônimo de azaração) perdeu o sentido. Nunca curti dançar ou sambar, quer dizer, fazia isso apenas como uma dança do acasalamento, como um método de aproximação do alvo. Periscópio levantado (duplo sentido), eu observava secretamente a “vítima” enquanto me aproximava lentamente, submerso e escondido pelos mares turbulentos da multidão. Quando ela se dava conta do que estava acontecendo, já era tarde demais . . . . que dizer, só não era tarde demais pra um NÃO caprichado, bem na minha cara. Na verdade, isso acontecia com maior freqüência do que eu, em minha ingenuidade otimista, esperava. Mas, mesmo assim, entre mortos e feridos, entre poucas conquistas e muitos “tocos”, no final acabava valendo à pena. Um único sucesso compensava as derrotas. Era essa a crença que me fazia seguir em frente. Eu era um guerreiro!! 

Bom, como eu disse, a “festa” do carnaval perdeu o sentido. Mas o feriado não! Oportunidade, cantada em verso e prosa, para descansar; se possível, uma overdose de descanso. Nesse ano, ainda dei uma esticada até Ubatuba, em um famoso “bate e volta”, e por lá “vagabundeei” por um dia inteiro, acompanhado pela única pessoa capaz de acabar com qualquer arrependimento meu por não mais participar da festa: minha esposa. Com ela, a cada ano, eu curto o melhor dos carnavais, seja em casa, na praia ou no baile (onde eu não sou um guerreiro, mas apenas um homem que amadurece seu amor ao lado de sua mulher).

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